terça-feira, 8 de junho de 2010

Do céu ao mar (Cognatos ou Heterossemânticos)

Ela chamou ele, pleonasmo.
Ele aceitou com um eufemismo.
Ela queria usar só uma metáfora, mas a alegoria parecia uma parábola.
Ele brincou com uma paranomásia.
Ela arranjou um litotes.
Ele repondeu pelo sarcasmo.
Ela "irônico?"
Ele resmungou alguma coisa baixinho.
Ela não escutou, mas disse algo retórico.
Hiato
Ela enfim falou, difemismo.
Ele perguntou, onomatopeia.
Ela explicou, perífrase.
Paradoxo
Ele foi ao mar.
Ela queria o céu.
Ou
Ele queria o céu.
Ela falou do céu.
Ele caiu no mar.
Ela se afogou no mar.
Together.


ps: sem prejuizo a anacronia.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

jog neo biz

Levanta pela manhã...

Negros Olhos de ressaca...

Os meus, sonolentos...

Nenhum movimento, nenhum olá ou Bom Dia, quem diria Drummond.

Apenas um par de Olhos, que como um espelho perfeito refletia os meus.

"Bom te ver por aqui."

"Você, como sempre atrasado." ou algo que o valha eles respondiam.

Sempre acompanhado do mais leve vacilo da mais bela frase não proferida.

Eu, incapaz de responder, apenas acenava como uma brisa dentro da tempestade.

Dois de sete eu sonhava. Cinco em sete eu poderia. Três dos cinco meu olhos a tinham.

Um em vários era sorte. Sorte difusa, como o ar, de todos e de nínguem.

Nuas e delgadas, sob o manto da mais pura seda, um leve movimento.

Bah Jog/Neo/Biz

Que Droga!!!

Só me resta a Ressaca, a Brisa e a imaginação.

Oh. Olhos que falavam, Lábios que olhavam.