René Magritte

Este não é um cachimbo

É o que está escrito em um dos quadros mais conhecidos do francês René Magritte e se chama La trahison des images. Pois então, se não é um cachimbo é o que?

Pensando um pouco consigo chegar a conclusão que realmente um quadro (no caso uma simples foto) com certeza não é um cachimbo.

O fato importante aqui, é que eu não sei francês, e a primeira vista eu pensei "tá é um cachimbo". Não gostaria de entrar no discurso filosófilo do empírico e a questão da criação de conhecimento verdadeiro. Mas é pelos sentidos que construímos nossas primeiras impressões e a maioria dos nossos símbolos.

Quando conhecemos novas coisas criamos nossas impressões sobre ela, sequência inevitável.

Quando conhecemos pessoas, traçamos mesmo caminho. Criamos as primeiras impressões a partir da incógnita de um ser estranho.

<-- Le fils de l'homme


Posso cometer um erro nas próximas linhas, mas o texto é meu!

Em um primeiro contato tenho a impressão que as pessoas me acham muito calado. Penso que elas tem razão, sou tímido e me sinto seguro assim. Outra razão válida, talvez mais que a anterior é que adoro ouvir e observar.

La Chateau des Pyrenees

Com um contato mais longo e promissor, algumas pessoas me acham um imediatista e irresponsável, alguns disparam até um louco. Pode até ser verdade, mas elas ainda não me conhecem bem.

Enfim, algumas pessoas acham que esse tal de René Magritte é um louco que desenha pedras voando sobre o oceano, mas para mim loucos são elas, que em vez de se ver ali naquele castelo lá em cima sentindo a brisa com sabor de sal, vem questionar a falta de gravidade em uma obra surreal.

Magritte me lembra...

Saiki Koala Guitar

Cutucão

Vamos arriscar? No momento tenho a oportunidade de desafiar um medo e desenvolver um dos modos de se expressar: a escrita. Escrever por metáforas que permaneçam depois de alguns anos, escrever de forma que outros possam entender o meu ponto de vista, a minha primeira impressão de tudo.

fpmfqat

2, 3 feijão com arroz

Texto rápido

Quem sou? Ainda não decidi.

Só sei que sempre pensei de uma maneira:

Uma coisa leva a outra, que leva a outra e dai em uma progressão aritmética (em alguns indivíduos pode ser uma PG, o que não é meu caso) infinita...

Network, rede, cadeia, tudo nunca termina (quando escrevi "tudo nunca termina" me vieram idéias contrárias, como o fim na morte, mas vai ficar assim, tenho que dormir para acordar como personagem mítico que está em algum lugar dessa cadeia de acontecimentos, personagem esse que me dá esperança do amanhã e fez com que a frase ficasse NUNCA TERMINA), tudo acontece por lógica!

Já li algumas coisas sobre a lógica e outras coisas sobre coisas sem ógicas, no entando para mim tudo acontece de acordo com ela, pode parecer muito um defeito, mas considero como qualidade porque gosto do jeito que ela se comporta em mim.

Estive pensando por alguns dias, sobre qual assunto o primeiro post de assunto subjetivo, a idéia surgiu e levou a outra, e que logo me levaram a outras. Então essas serão minhas impressões.

Eu deveria começar por um post de apresentaçao particular, mas faço isso no decorrer do ano bem devagar para não faltar amor.

Saiki Koala Guitar

O Nascimento

Depois das lágrimas surgem as primeiras impressões.

Nasceu prematuro e sem dentes.
Nasceu imaturo e com pequenas aspirações.

A idéia surgiu logo após a última festa do ano, no marasmo dos dias iniciais de janeiro, no qual exercitava meu ócio em um escritório quase vazio, onde por um acaso visitei o blog de um amigo, que em seu último post me deu animo para começar esse velho novo exercício, escrever.

Velho porque tenho um diário esquecido em algum lugar da casa.

Novo porque a proposta de abordagem é diferente, ainda que pessoal.

A principal diferença é tentar escrever de uma forma mais clara, acessível e perene, tanto para o outro quanto para o eu. Hoje, quando leio fragmentos de textos que escrevi não entendo o que queria dizer com minha densa imaturidade, metáforas temporais e teorias malucas, a única coisa que sei é que tudo está em segurança.

A saída foi escolher um modo que a exposição pessoal não fosse um fardo pesado, dando origem:

O projeto é incluir pessoas, sob a desculpa de exercício linguístico, para escrever artigos, dividindo o peso do blog. Escrever então sobre o que gostamos e o que sentimos da forma que o fato gerador atinge nossos sentidos, esboçando nossas primeiras impressões do objeto.

Quanto a forma da escrita, não tenho muitas preocupações, pois essas são nossas primeiras impressões da terra, e que se um dia ao olhar para trás e constatar que um texto que escrevi a vários anos estiver com uma disposição legal, poderei dizer que estou velho.

Em suma, que venha a vida e seus segredos.

Saiki Koala Guitar