segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

há algo de errado com os jovens da minha vizinhança

conservador = aquele que conserva,mantém as estruturas. dificilmente muda de idéia, acredita CEGAMENTE nos padrões que lhe foram passados.

lar ou casa = nos remete à família. proteção,segurança. há quem faça uma analogia com o útero materno.quente,protegido,além de fornecer alimento.

conservador + lar ou casa = jovem atual.

solução:

por que o jovem atual se resume a esta simples soma?

com tantas mudanças, informações, os jovem prescisam se apegar a alguma coisa. e é engraçado que isso se dê nos campos que eles sempre, e eternamente se sentirão mais fragilizados - relacionamentos.
ao conservar as estruturas que lhes são passadas através dos pais e da própria mídia (mídia mais digerível,digamos assim), os jovens passam a se sentir mais seguros emocionalmente. não é a toa que as pesquisas atuais nos mostram jovens que cada vez mais buscam relacionamentos estáveis e passam a maior parte do tempo em casa. o ambiente familiar é seguro, uma relação amorosa séria é segura também. a sensação de solidão causada pela vida corrida e agitada das grandes cidades acaba desaparencendo,ainda que por um pouco de tempo.
com medo de se arriscar, de quebrar os padrões os jovens acabam por sonhar um sonho que nem seus pais sonharam. tudo estará bem contanto que eles tenham um bom trabalho e um ótimo salário. sim,outra característica desse jovem atual é o individualismo o qual está travestido por essa necessidade de se relacionar.
como alguém disse uma vez, o tudo é igual ao nada. estar conectado ao mundo e com diversas pessoas ao mesmo tempo não quer dizer nada. as barreiras estão cada vez mais fortes. a segregação cada vez mais evidente em todos os sentidos.
nada está errado para esse jovem de classe média alta.ele, com crise ou sem crise (não dava pra não falar dela né) continua tendo todo o seu aparato digital,virtual,sacal,boçal.
uma chance de mudança estaria naqueles que são considerados menos favorecidos,porém até eles possuem as mesmas preocupações dos jovens favorecidos.logicamente todos querem estar inseridos dentro do contexto.estar por fora é tão chato.
a inquietação ficará para depois. o anseio por buscar uma outra alternativa.a capacidade de enxergar beleza no diferente.
o jovem nunca foi tão medroso. o jovem nunca foi tão eco...repeteco...
"eu quero ser feliz...viajar muito...casar...e ter 2 filhos.eu acredito no amor,sabe?tudo será perfeito."
até ná música a gente vê o reflexo dessa mesmice chata...sem irreverência.
pra finalizar deixo aqui um trecho que resume meus sentimentos perante tudo isso:


I want conflict I want dissent,
i want the scene to represent
our hatred of authority,
our fight against complacency
stop singing songs about girls and love,
you killed the owl you freed the dove
confrontation and politics
(...)
these fucking bands all sound the same
We want our fights we want our thugs,
we want our burns we want our drugs
where is the violent apathy,
these fucking records are rated G

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

conteúdo

como separar o trivial e o essencial?

trivial
tri.vi.al
adj m+f (lat triviale) 1 Que é sabido de todos; notório. 2 Comum, vulgar. 3 Usado. 4 Baixo, ordinário. sm Os pratos simples e habituais das refeições familiares.

não sei

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Voltar... no tempo, ou, o tempo

Semana passada...

...fiz uma promessa.

...vai ser difícil honra-la,

...quase improvável,

...na verdade impossível.

Mas "que seria da vida se as vezes não pudéssemos tentar?"

Prometi a uma linda menina que não mentiria mais para mim, ao ponto que poderei mentir três vezes ao ano para ela. Resisti a idéia, argumentando que enganar a si é profundamente mais fácil que enganar os outros, que a falta de oportuno de mentir para ela é a abundância de oportunidades de eu me enganar (aqui, enganar, tornou minha justificativa ambígua, vou mostrar). Creio então, que a tentativa de mentir menos para o própio ego, como também a tentativa de ser enganado mais pelo mesmo ego são as razões da promessa.

Digo, minha amiga, vou honrar esta promessa do meu jeito, pois você bem sabe o jeito que você me pede é impossível.

Arrependimento... Oportunidades....

Esse tema deve estar em moda, com Benjamin Button de Fitzgerald. Bom na verdade acho que isso nunca sai de moda.

"E nem vou pensar se me chamar pra fugir contigo outra vez, não vou pensar se amanhã, a certeza será talvez."

"Eu que tanto quis guardar meus dias, eu que tanto pensei com medo de tentar. Já não mais, não mais me restam chances de errar... ...Agarro meus sonhos entre minhas mãos, mas por entre meus dedos eles se vão... ...Andaria na chuva, pularia no mar e te diria tudo que deixei de falar... não mais... não mais...não mais..."

"Sometimes I feel we have done it all wrong... Sometimes I feel we must start again because we're so far and I feel we've lost too much this way. No more crying for unspoken words. No more tears for lost time."

Dizem que uma vida sem arrependimentos não foi uma grande vida, acho válido como, uma vida só de arrependimentos foi menos que uma pequena vida.

Eu já estou com minha contagem estourada.

Não podemos voltar No tempo e provavelmente nunca conseguiremos, mas hoje, somente hoje dou-lhes a oportunidade de voltar O tempo.

Abraço meus amigos, e a meia noite de hoje, voltatemos o tempo em uma hora, até mais horário de verão. Carpe Diem

- "Sr. Enzensberger, por que você não é infeliz?"
- "Porque o tempo que me resta é precioso demais para isso."
Hans Magnus Enzensberger


Citações:
Dead Fish - Escapando
Dance of Days - Adeus Sofia
Dance of Days - Instantes
Dance of Days - I Thought it was Only a Brand New Start


Saikai Koala Guitar

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Frances The Mute


Magritte

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Les Amants

Me lembra
Frances The Mute
Segundo disco do The Mars Volta e aquele que eu mais aguardei.

Na época muitos boatos circulavam acerca do novo CD desta banda tão peculiar. Hoje, apesar de não ser o meu disco predileto tenho uma profunda admiração por este trabalho em seu total, alguns rumores se confirmaram outros não, mas para mim esse se tornou um dos mais especiais e misteriosos discos de minha vida.

Antes do lançamento falavam que seria um disco com apenas 1 (UMA) faixa, isto mesmo, uma única música, que acabou não se confirmando com o primeiro promo que surgio na web. Esta versão não masterizada contém cinco músicas, das quais quatro possuem nomes de pessoas (Vismund Cygnus, L'Via L'Viaquez, Miranda e Cassandra Gemini) e a restante se refere a uma pessoa (The Widow), que justamente é a música mais curta do disco, as outras possuem cerca de treze minutos e por fim Cassandra Gemini a última faixa do disco tem 32 (trinta e dois) minutos.

O lançamento comercial em 2005 trouxe consigo varias impressões:

Felicidade. O encarte trazia as mesmas cinco músicas da primeira versão.
Indiferença. O encarte mostrava pequenas divisões em três músicas.
Decepção. O CD possui 12 faixas.
Confusão. O número de divisões de nenhuma forma condiz ao número de faixas
Intrigado. O ábum chama Frances The Mute, a caixa do CD possui uma letra de uma música chamada Frances The Mute (com três sub-divisões), mas nada, NADA dessa música.
Curioso. A primeira parte da primeira música chama Sarcophagi assim como última parte da última música também chama Sarcophagi. O mesmo caso de outras duas sub-divisões com o mesmo nome, Con Safo.

Depois que ouvi a versão definitiva constatei que era muito semelhante a versão promo, o que mudara era os acabamentos finais, o barulho ao fundo e o final da ultima música (Sarcophagi) que foi acrescentada na última versão tornando o disco um ciclo. Em relação as divisões das músicas a única resposta não tão fantasiosa que encontrei foi que um disco com 5 faixas não poderia ser considerado um LP e sim um EP (questão é como um disco de 76 minutos poderia ser um EP), então dividiram a pobre da Cassandra em oito partes (das quais duas tem menos de um minuto), coisa que não entendo e provavelmente nunca entenderei, pois Cassandra possui só cinco partes de acordo com o encarte.

Enquanto a música desconhecida que dá nome ao disco ela não existe, pelo menos não no CD, no entanto o primeiro single (The Widow), lançado semanas depois do álbum a traz.

L'Via L'Viaquez, música e segundo single do disco, deve ser hoje a canção do TMV mais conhecida por conta do jogo Guitar Hero 4, que me traz alegria e tristeza. Alegria porque o jogo conta com uma musica do MARS VOLTA e outra do At the drive-in, e tristeza porque como era de esperar foi usada a versão comercial, que possui cerca de 6min metade da versao original.

Existem muitos fatos mais que tornam esse disco especial, mas prefiro aqui, deixar de relatar esses acontecimentos para torna-lo como disse, misterioso.

Enfim, Frances the Mute é daqueles discos para ser escutado sozinho deitado na cama em um quarto escuro com phones de ouvido a meia altura...

Com a opção de repeat ligada.

Saiki Koala Guitar

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

ps:

acho que eu deveria ter comido algumas letras pra dar aquele toque de pressa ao texto
ou quem sabe ter postado parágrafo por paragráfo, ou melhor,linha por linha, pois aí sim ficaria bem educativo, elucidativo e tudo ivo que vc possa imaginar.
a primeira impressão é sempre um rascunho...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

leia rápido...ou vai chegar atrasado

"não se preocupe com o futuro"
engraçado,a vida inteira nos enfiam goela abaixo o inverso da frase logo acima.desde os primeiros rabiscos no caderno láááá´no primário, ou seja lá como se chama agora, os professores nos dizem que devemos nos preocupar com o futuro, que a vida passa muito rápido, que não há espaço para todos no mercado de trabalho, que podemos ficar para trás se não seguirmos a risca tudo o que eles nos dizem. pois é... isso até você conhecer uma pessoa mais velha que você, a qual já viveu inúmeras experiências que, talvez, um dia vc viverá. é engraçado...a conversa de uma pessoa mais velha com um jovem acaba sempre caindo nesse papo de "não ter pressa e blá blá blá". agora,como não ter pressa se boa parte da vida crescemos com esse terrorismo sobre a vida de que no mundo moderno não há tempo a perder?! hoje não há tempo a perder. nossas formas de relação se resumem a batepapos (de acordo com a regra nova de ortografia???) em salas virtuais onde acabamos por conhecer nosso vizinho que,devido a rotina louca da vida, acabamos por não conhecer de uma maneira mais natural.atualmente não há tempo para nada. acabamos ficando invisiveis aos olhos dos outros e depois se perguntam como surgem essas patologias sociais.as pessoas gritam por atenção, por um contato mais humano,mas ninguém dá atenção e o desespero toma conta, o nervosismo. enquanto escrevo essa espécie de desabafo me lembro daquele quadro "o grito".quando observo aquele quadro um sentimento de desespero, angustia toma conta de mim.aquele quadro resume bem, dentre outras coisas,o que se passa nas cidades grandes do mundo.o desespero de não ser ouvido ao mesmo tempo que todo aquele sentimento te suga.
como conciliar toda essa carga de informação, obrigações e deveres? com certeza alguém diria "calma,você vai perceber um dia que correr não adianta." enquanto isso zilhões de pessoas já estão na décima volta da corrida.
como não se preocupar se nos ensinaram a se preocupar?
o pior é saber que um dia, muito provavelmente, eu darei esse conselho à algum jovem.
no final tudo acaba se repetindo.as angustias, formas de alegria e tudo o mais.
enfim...boa sorte para quem ler esse texto,mas tudo bem...a porta ao lado está muito distante.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

teste

Esse post é apenas um teste, semelhante a idéia de colocar a mão na água para saber se ela está muito quente ou muito fria para ser utilizada da maneira desejada. Ou como quando tentamos abrir os olhos depois de estar por muito tempo no escuro ao acordar. Enfim,várias maneiras de expressar uma única idéia. O primeiro contato não passa de um teste, uma tentativa e, como sabemos, após vários testes acabamos por aprimorar a idéia principal. As primeiras impressões da Terra não são definitivas, pelo menos não deveriam, mas, contudo, diria que são as mais intensas. Por isso eu lhes digo: TESTE esse blog e tenha suas primeiras impressões de nossos textos.