"Ela tinha um coração", ele dizia.
"Ela tem, mas é de madeira", a imagem retrucava.
- Mas como pode ser de madeira?
- Você não conhece Odisseu?
- Aquele da Odisséia?
- Isso!
- Mas não foi Aquiles o herói?
- Já Está/Estava morto.
Após histórias sem fim, post-punk.
O Corte dos pulsos se apresenta da forma mais clara em um Disco Conceitual.
Coração de Tróia.
Eu estava lá quando saíram as 3 primeiras musicas do disco. Macaco com Navalha, Nos Olhos de Guernica e Horizontes de Outono.
Macaco com Navalha era o caos irregular em uma forma inaudível ao primeiro contato.
Nos olhos de Guernica seguia a mesma linha mas com um refrão mais suave.
Horizontes de outono, melodiosa e calma que seria a ultima do disco mas a de mais fácil contato.
A voz não afinada, a sujeira das guitarras, os gritos de arranhar a garganta e tudo que faz fazer qualquer ouvinte desistir nos primeiros segundos estão presentes neste disco.
Ele é para poucos, é o disco para por de despertador. Ele te desperta do sonho que te levam as estrelas e para cuspir em sua cara a realidade, um conceito humano em que não existe em sonhos.
Hoje não existe lugar para horizontes de outono a não ser na ultima faixa do disco, como o ultimo mal de Pandora.
Aquele refrão sedutor de Guernica é na verdade é tão sombrio como uma revolução sem sentido.
Sentir a essencia do disco é pedir para acordar sem voz no outro dia.
...Sem voz
...sem voz
O Disco não poderia ser aberto de outra forma se não com Macaco com navalha. GOLIAS AO CHÃO!
"Ela tem um coração, de Tróia." continuou ele.
"Você também." terminou a imagem.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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