sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ferro e o Aço - 3

Cigarra e a Formiga

Uma das fábulas mais carimbadas da literatura infantil, que apesar de suas varias versões sempre revelam a mesma moral, a dignidade do trabalho duro, a importância de se programar e a recompensa do esforço diário. E ainda dependendo do final da leitura pode refletir no sarcasmo como em La Fontaine ou ainda na compaixão (característica humana) da formiga em outros textos.

O resumo é o seguinte, durante o ano todo, a cigarra canta enquanto a formiga trabalha, acumula alimento e se organiza contra os males do tempo. O inverno chega, a cigarra começa a passar fome enquanto no formigueiro todas as formigas estão bem protegidas e alimentadas. A cigarra passando fome vai até a porta da casa das formigas para pedir um pouco de comida para não morrer nesse tempo de escassez.

Neste ponto a história pode divergir. A compaixão da formiga pode oferecer um pouco de abrigo e comida, ou ainda a formiga pode ser irônica como Bocage escreve:

A formiga nunca empresta,

Nunca dá, por isso junta.

- "No verão em que lidavas?"

À pedinte ela pergunta.


Responde a outra: - "Eu cantava

Noite e dia, a toda a hora."

- "Oh! bravo!", torna a formiga.

- "Cantavas? Pois dançe agora!"


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