segunda-feira, 20 de abril de 2009

1 semana

2004, o ano em que fui dispensado do serviço militar.

O mês era abril, e eu ainda morava em São Paulo.

Aqueles dias que envolveram o dia 14 são tão parecidos com os dias atuais. Naquela semana eu jantei sozinho (comida japonesa), esse ano não vai ter festa (ficando velho).

Naquela semana fiz 18 anos, nesse ano acabo minha faculdade.

Mas os fatos que realmente importaram naquela semana de abril, não aconteceram no dia do meu aniversário. O que todos meus poros sentiram naquele fim de semana permanece queimando dentro de meu peito como se fosse ontem. Aquele jantar de comida japonesa demorou pelo menos 20 minutos para chegar a minha consciência.

Naquela semana enfim consegui um e-mail resposta de uma das pessoas que mais me influenciou e entendeu durante minha vida.

Era a semana de lançamento do CD A Valsa de Águas-Vivas, do Dance of Days, e comprá-lo foi à primeira coisa que fiz após a aula. Era a semana também de duplo show deles no Hangar110.

Fazia apenas alguns dias que tinha terminado o romance O Retrato de Dorian Gray do irlandês Oscar Wilde.

Faixa 8, Dorian, foi a primeira a ser tocada, e então minha pior decepção de 30 segundos. O início dela são apenas ruídos de um rádio fora do ar, naqueles longos segundos pensei que o CD estivesse com defeito, o alívio chegou com os primeiros acordes da guitarra entre todo aquele barulho.

Aquela semana passou como um raio, e como se o acaso me tirasse para dançar, na sexta-feira a sorte me levou até um show do Nitrominds na Avenida Paulista, e então na entrada do metrô ganhei um autógrafo do Nenê Altro (vocalista do Dance of days) naquele CD recém lançado. CD este que de presente de meu aniversário virou presente a um amigo.

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