terça-feira, 28 de abril de 2009

Servil - versao 1

Contemplou os olhos da satisfação cortejando a felicidade, mas foi a tragédia que lhe mostrou os dentes.

Não mediu esforços, beijou e sorriu, não pegou atalhos, acenou e chorou, e foi nas planícies de verão que ele vacilou e de joelhos caiu, mas levantou e continuou seu caminho.

Chegando a Porto Carlos sonhou com uma musica comum. Pensou que sua primeira grande jornada havia começado.

Colocou suas mãos na cabeça procurando o seu chapéu.

(...)

Escutou por inúmeras vezes Ma vie em Rose, mas não entendia francês.

Depositou sua sorte naquele simples pé de coelho que ganhara de sua mãe no dia em que nasceu.

Cortou seus pulsos em busca da luz.

Fulgor solar ofuscou sua visão.

Pensou em Sibyl, se perguntou por que ela deixara de ser Julieta. Adormeceu ao relento na brisa mais fria de outono. Em seu sonho vislumbrou duas esmeraldas sem alma. Ao abrir os olhos percebeu que estava preso, a cor de seu corpo era Cinza. Ainda podia sentir as batidas de seu coração, ainda podia ver o movimento das nuvens acima das montanhas mais altas. Mas seu corpo não respondia, havia fitado os olhos do pecado e seu corpo já era pedra, aceitou sua maldiçao, carregou seu fardo, assumiu a culpa, chorou e no fundo de seu espírito com toda a força de seu coração deu seu grito de redenção, “Almas definitivamente não congelam”.

Viveu assim, até o fim dos dias.

(...)

Na voz de um veterano ofegante


Não seria justo, por isso estou escutando Ludovic.

E como o Hélio falou, eu assino em baixo, uma das melhores bandas que conheci.

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